Sonhar Não Custa Nada

 Quisera eu,

Trocar o sangue da violência pelo verde das ondas claras do Arpoador... pegar o mal cheiro da Lagoa Rodrigo de Freitas e substituir pelo aroma das flores do Jardim Botânico... captar o lixo que encontro nas calçadas e converter em sementes pra Floresta da Tijuca... Olhar a tristeza que leio no jornal, e transforma- la no astral do morro Vidigal... 

Ignorar  a corrupção presente país e ver apenas o céu de Ipanema... Limpar a barra que cerca nossos hospitais, com a paz contagiante que paira sobre a Urca...

 Mostrar a todos os colegas desencantados, que existe no Rio um bairro chamado Encantado... pegar a inexperiência de quem está " cru ", e mergulha- la na sabedoria de quem vive no Grajaú...

 Caramba,

 Quisera eu...